Autor: Méd. Veterinário Fabiano Baiotto Prauchner
Representante Técnico Comercial Puro Trato Nutrição Animal
Estamos vivenciando uma das maiores secas das últimas décadas, e embora nos últimos dias tivemos bons volumes de chuvas e de forma mais generalizada, teremos um reflexo muito grande na produção de volumosos,
especialmente de silagem de milho.
A silagem de milho é um dos principais ingredientes das dietas de vacas leiteiras nos diferentes sistemas de produção. É um alimento volumoso energético, responsável por grande parte da fonte de energia da dieta. A deficiência hídrica da lavoura compromete não só o volume de MS produzida, como também a formação de espigas e por consequência a quantidade de grãos na mesma. Neste contexto, onde o valor monetário do grão está relativamente alto, o processo de ensilagem e processamento do grão, deverá ter uma atenção ainda mais especial. Para que os grãos de milho possam ser digeridos pelo animal, eles precisam estar devidamente processados, ou seja, fracionados em quatro ou mais pedaços.
O ideal seria que 90% dos grãos da silagem estivessem quebrados, com 70% em partículas menores que ¼ do tamanho original do grão. Isto pode ser medido no laboratório através do KPS (Kernel Processing Score), que é
um método que determina o escore ou a nota de processamento dos grãos. A interpretação deste teste segue os seguintes parâmetros:
- Menos de 50% = inadequado
- De 50% a 70% = normal
- Acima de 70% = ótimo
É importante salientarmos, que o % de amido da silagem tem uma correlação direta com o teor de MS da mesma, ou seja, a medida que aumenta a % de MS do material ensilado (principalmente da espiga) também aumenta o % de amido. O grande problema disto tudo é que por características genéticas do híbridos utilizados aqui no Brasil (grãos vítreos/duros), e pelos equipamentos utilizados para a confecção da silagem, muitas vezes este KPS ideal não é atingido, e muito deste amido presente na silagem não é aproveitado pelos animais.
O uso do cracker em algumas máquinas, em especial as autopropelido, facilitam o processamento do grão em materiais com % de MS um pouco maiores (35 – 36%), por outro lado, ensiladeiras que não possuam este dispositivo, deveriam ser utilizadas em materiais com % de MS inferiores (30 – 32%).
Na prática, a nível de campo, os produtores devem estar atentos a estas questões, terem conhecimento do equipamento que estão utilizando, seguir um protocolo de afiação das facas, e acima de tudo avaliar o nível de processamento do grão de milho. Na minha opinião achar o ponto de equilíbrio entre teor de fibra fisicamente efetiva e processamento do grão é a grande chave do sucesso. Podemos até admitir uma redução no % de fibra
fisicamente efetiva, trabalhando com silagens mais picadas, em detrimento de um maior processamento dos grãos e por consequência um maior aproveitamento do amido pelos animais, desde que, essa “falta” de fibra seja
compensada e ajustada no restante da dieta.
A equipe técnica da empresa Puro Trato Nutrição Animal, está preparada para auxiliar os produtores e clientes, orientando da melhor forma no momento da confecção da silagem de milho, pois será um volumoso utilizado ao longo de todo o ano, e portanto, devemos minimizar possíveis erros de manejo.
Para maiores informações, consulte nossa equipe técnica eagende uma visita em sua propriedade!